quinta-feira, 5 de abril de 2007

CABEÇA BAIXA

Abriu-se uma fresta e por ela vazou-se uma porra que impregnou tudo o que havia de belo.
Uma porra visguenta, fedida, velha que a tudo contaminou.
Tenta-se em vão contornar a situação ali instalada.
Porras novas jorraram aos borbotões, mas não tiveram efeito sobre a sujeira.
Aceitando a camuflagem que ali se instalou de maneira concreta.
Abaixou-se a cabeça.

Um comentário:

nosbor.araujo disse...

muito bem disse o poeta cassiano nunes ao cagiano!